Racismo

O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
O racismo tem como finalidade a diminuição ou a anulação dos direitos humanos das pessoas discriminadas. Os atos, valores e sistemas racistas estabelecem, velada ou abertamente, uma ordem hierárquica entre os grupos étnicos para justificar as vantagens ou privilégios gozados pelo grupo que domina.

Racismo no Brasil
O racismo no Brasil teve inicio no período colonial com a importação de empregados africanos. Os portugueses trouxeram os primeiros negros, vindos principalmente da região onde atualmente se localizam Nigéria e Angola.
Quando finalmente foi assinada a Lei Aurea, em 1888, que decretada a abolição da escravatura, não foram feitas leis para a facilitação da inclusão dos negros à sociedade, fazendo com que continuassem a ser tratados como inferiores e tendo traços de sua cultura e religião marginalizados, criando danos aos afrodescendentes até os dias atuais.Recentemente, o governo brasileiro tomou medidas inéditas a fim de reduzir as desigualdades sociais entre brancos e negros, tendo estabelecido um sistema de cotas para afro-descendentes e estudantes provenientes de escolas públicas nos vestibulares das universidades federais
Racismo na África

Os primeiros conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não se preocupavam com problemas de origem racial. Os negros e outros povos da África entraram em acordos comerciais que incluíam o comércio de escravos que, naquela época, era uma forma aceite de aumentar o número de trabalhadores numa sociedade e não uma questão racial.
Todavia, quando os europeus, no século XIX, começaram a colonizar o continente africano tornando-os povos colonizados conforme as suas leis e formas de viver. Usavam como principal justificativa a ideia errônea de que os negros eram uma "raça" inferior e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus. O caso mais extremo foi a instituição do apartheid na África do Sul, em que essa discriminação foi suportada por leis decretadas pelo Estado.
O legado do apartheid mostra de forma gritante os efeitos do racismo desenfreado que culmina na injustiça, na desigualdade, na pobreza e no subdesenvolvimento da economia, além de gerar todo tipo de violência.

Conclusão
O Brasil possui uma das maiores populações negras do mundo, cerca de 45% dos habitantes são negros ou afro-descendentes, segundo dados do IBGE. Hoje, no Brasil ainda existe racismo e preconceito, tem pessoas que acham que os negros são inferiores aos outros, apesar do racismo ser um crime inafiançável.
A África do Sul tem uma das maiores economias da África, porém quase dois terços da renda total do país vão para os 20% mais ricos da população, enquanto os 20 % mais pobres (todos os quais são negros ou "de cor") recebem apenas 4%.Portanto seja nas periferias brasileiras ou nas favelas africanas, é evidente que o racismo é excessivamente presente no cotidiano dessas sociedades.